Reforma Tributária 2026 para o setor de serviços: quem paga mais e quem paga menos
O setor de serviços está no centro da maior mudança tributária das últimas décadas. A pergunta que mais ouvimos é simples: vou pagar mais imposto?
A resposta depende do seu modelo de negócio. Conta muito o quanto sua empresa compra de insumos que geram crédito, como você precifica, qual é o seu regime tributário e se a sua operação estará pronta para o novo padrão de notas e cadastros.
A boa notícia é que dá para se preparar e transformar a reforma em vantagem. A Contema Contabilidade explica, de forma direta, quem tende a pagar mais, quem pode pagar menos e quais passos tomar agora para ficar no grupo que sairá ganhando.
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Entenda o que está mudando para o setor de serviços
O novo sistema de tributos sobre consumo adota o IVA Dual, formado pelo IBS e pela CBS. O objetivo é padronizar regras, acabar com o imposto em cascata e dar previsibilidade ao cálculo. Na prática, cada nota passa a registrar créditos e débitos de IBS e CBS, permitindo compensação ao longo da cadeia.
Para o setor de serviços, duas consequências chamam a atenção:
- Alíquotas uniformes para consumo. Dependendo do seu perfil, a carga pode subir ou cair.
- Créditos passam a ser decisivos. Quem compra insumos tributáveis vai gerar crédito para abater. Quem quase não compra insumos terá menos crédito disponível.👉 Leia também: IVA Dual (IBS e CBS) na Reforma Tributária 2026: entenda como vai funcionar
Quem tende para o lado de pagar mais impostos?
Serviços intensivos em mão de obra, com baixo consumo de insumos
Se a sua empresa é essencialmente mão de obra e compra poucos insumos tributáveis, a tendência é de pressão de carga. É o caso típico de consultorias, escritórios de advocacia, clínicas, agências e empresas de TI com alto valor agregado intelectual.
Por quê? Porque a não cumulatividade favorece quem tem créditos. Se você quase não tem crédito a aproveitar, paga imposto sobre uma base mais cheia. Além disso, a alíquota uniforme de IBS e CBS substitui antigas combinações de ISS, PIS e Cofins que, em alguns casos, eram mais leves.
O que fazer: simular cenários, revisar preços e contratos, buscar eficiência interna e avaliar se ajustes de regime ou reforma de processos podem melhorar a geração de créditos.
Contratos B2B com exigência de crédito do cliente
Se você presta serviços para empresas que utilizam créditos de IBS e CBS em cadeia, haverá maior rigor na emissão das notas e nos cadastros. Isso significa campos novos, validações, rastreabilidade e eventuais responsabilidades acessórias previstas em contrato. Em outras palavras, além da carga, podem surgir custos administrativos adicionais para manter tudo em conformidade.
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Quem pode pagar menos ou manter a carga próxima
Serviços com elevado consumo de insumos tributáveis
Há áreas de serviço que compram muito material, peças, softwares, hardware, energia ou terceirizam etapas. Manutenção industrial, manutenção predial, operações de logística, alguns serviços hospitalares e de engenharia são exemplos comuns.
Nesses casos, a combinação de créditos de IBS e CBS ao longo da cadeia pode reduzir a carga efetiva ou, no mínimo, amortecer aumentos. O segredo está em emitir e receber notas corretamente, parametrizar cadastros e não perder crédito por falhas operacionais.
Prestadores de maior porte com planejamento de regime
Empresas de serviços com gestão financeira madura e sistemas integrados podem encontrar vantagem ao comparar regimes. Em alguns cenários, Lucro Real ou ajustes dentro do Lucro Presumido podem equilibrar a conta, desde que a empresa documente e controle créditos de forma rigorosa. A decisão precisa ser técnica, baseada em simulações de 2026 para frente.
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As variáveis que definem “quem paga mais e quem paga menos”
- Base de insumos tributáveis: quanto sua empresa compra e pode creditar.
- Margem e valor agregado: serviços com alto valor de mão de obra e poucos insumos tendem a ter menos crédito.
- Regime tributário: Simples, Presumido ou Real. A decisão para 2026 pode mudar o seu resultado.
- Perfil de clientes e contratos: B2B com exigência de crédito pedirá emissão impecável e pode alterar sua precificação.
- Prontidão de sistemas e cadastros: quem se adapta primeiro perde menos tempo com rejeições, retrabalho e custos ocultos.
- Tempo de transição: a reforma começa em 2026, mas o período de convivência vai até 2033. Quem planeja cedo colhe antes.
O que as empresas de serviços devem fazer em 2025 para se preparar
Use 2025 como seu ano de ensaio geral, com um plano objetivo. A Contema recomenda:
- Mapeie a estrutura de custo, insumos e terceirizações. Separe o que gera crédito do que não gera.
- Simule alíquotas de IBS e CBS. Trabalhe com faixas de 25% a 30% somadas, por segurança, e meça o impacto no seu preço e na margem.
- Treine finanças, fiscal e faturamento para o novo leiaute de notas. Campos de destino, IBS, CBS e crédito exigem atenção.
- Reveja contratos com cláusulas de repasse de crédito, prazos de correção de nota e responsabilidades tributárias entre as partes.
- Reavalie o regime tributário para 2026. Compare Simples, Presumido e Real com números e não por hábito.
- Invista em ERP e integração. Sem sistema preparado, você perde crédito e pode travar emissão.
- Acompanhe notas técnicas e publicações oficiais. Ajustes acontecem até a virada; tenha um responsável pelo tema.👉 Checklist da Reforma Tributária 2026: passos para sua empresa estar pronta até janeiro
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Como a Contema Contabilidade está orientando o setor de serviços?
A Contema Contabilidade estruturou uma linha de trabalho específica para serviços:
- Simulações setoriais 2026, com quatro cenários típicos:
- margem alta e baixo insumo;
- margem baixa e alto insumo;
- contratos B2B com exigência de crédito;
- operações multijurisdicionais.
- Workshops práticos para donos e gestores sobre precificação, contratos e controles com IBS e CBS.
- Varredura de cadastros e homologação assistida do novo leiaute de NFS-e e NF-e.
- Plano de transição por etapas, incluindo treinamento do time e indicadores de conformidade.
Nosso foco é transformar a reforma em rotina controlada, sem sustos no caixa nem perda de clientes por falhas de nota.
Exemplos práticos para visualizar o impacto
Exemplo 1. Clínica de especialidades
Despesa principal é a folha e serviços médicos. Insumos tributáveis são baixos. No novo sistema, a geração de crédito é reduzida. Resultado provável: pressão de carga. Saídas possíveis: rever preços, otimizar custos não essenciais, negociar contratos com clareza de responsabilidades fiscais e avaliar cenários de regime.
Exemplo 2. Empresa de manutenção industrial
Compra peças, EPIs, ferramentas e terceiriza etapas. Há crédito relevante em IBS e CBS. Com emissão correta, a carga efetiva pode cair ou ficar estável. A chave é processo e sistema.
Exemplo 3. Agência digital que atende B2B
Cliente exige crédito e nota impecável. Sem sistema preparado, a operação trava e a relação fica tensa. Com cadastro limpo, emissão correta e SLA de correção, a agência preserva margem e previsibilidade.
Conclusão
O setor de serviços está diante de uma bifurcação tributária. Quem se antecipa se posiciona melhor. Quem espera pode pagar mais, perder crédito e até travar a emissão.
Não existe uma alíquota mágica igual para todos. O impacto depende do seu mix de custos, do seu regime, do perfil do seu cliente e da sua prontidão operacional.
Use 2025 para mapear, simular, ajustar e treinar. Conte com a Contema Contabilidade para transformar a reforma em vantagem competitiva.
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Atualizado em outubro/2025
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Fontes
- Portal Contábeis – Setor de serviços em alerta com impactos da reforma tributária (29/09/2025)
- FENACON – Setor de serviços terá alta generalizada de impostos com a reforma tributária
- Tax Group – Reforma tributária: guia completo sobre IVA, IBS, CBS e IS
- ReformaTributaria.com – Como funcionará a apuração da CBS e do IBS?







