Uma das grandes questões de quem se torna um profissional da fisioterapia é a burocracia que envolve a pós-formatura. O profissional acabou a faculdade, mas e agora? Como começar a atuar?
Se o fisioterapeuta for contratado por uma empresa, essa burocracia será pouca. Mas se ele resolver atual como autônomo, ela será maior. Existe, por exemplo, a questão de o fisioterapeuta poder ser Simples Nacional.
A partir de 2018, a questão de o fisioterapeuta poder se adequar ao Simples Nacional foi alinhada a partir da Lei Complementar nº 155/2016, que alterou a Lei Complementar nº 123/2016. Agora, para se adequar ao Simples Nacional, um fisioterapeuta tem de levar em conta o fator R.
O fator R não é tão simples de entender. Existem várias tabelas que auxiliam a definir se o fisioterapeuta pode ser Simples Nacional. Sendo assim, o fator R leva em conta não apenas o rendimento, mas outras variáveis, como, por exemplo, a folha salarial, a contribuição previdenciária e o FGTS.
O fisioterapeuta pode ser Simples Nacional, mas, também, pode ser englobado por vários outros sistemas de tributação. Se definir ser Simples Nacional já não é fácil, imagine descobrir qual o melhor sistema para o seu caso.
Outros sistemas de tributação
Um fisioterapeuta também pode ser apenas um “contratado”. Sistema Tributário muito mais simples – uma vez que a burocracia fica, majoritariamente, com o empregador. A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) é uma das opções mais simples, muito mais simples do que quando o fisioterapeuta escolhe por ser Simples Nacional.
Outro sistema muito comum, porém, está fora do alcance dos fisioterapeutas. O MEI, microempreendedor individual, poderia ser uma boa opção para os fisioterapeutas autônomos que quisessem se regulamentar. Mas, infelizmente, a classe não pode mais ter acesso a esse sistema.
Isso porque a fisioterapia é uma profissão que é regulamentada por lei. Existe um órgão (COFFITO) que acaba por legislar sobre a profissão e o MEI foi feito, justamente, para ajudar a legalizar pessoas que trabalham em profissões não geridas diretamente por um órgão.
Mas outros Sistemas estão disponíveis para o fisioterapeuta. Além do fisioterapeuta poder ser Simples Nacional, ele pode optar por sistemas de tributações mais leves como:
- Empresário individual;
- Empresa individual de responsabilidade limitada;
- Sociedades Limitadas.
Qual sistema escolher?
Escolher o sistema não é algo fácil. Existem profissionais que acabam podendo optar por mais de um, já que são englobados por estes. E cada sistema acaba apresentando diferentes tributações. Uma pessoa, ao escolher o Simples Nacional, às vezes, pode economizar mais do que escolhendo o EI.
E, para tomar essa decisão, é necessário, primeiramente, fazer a contabilidade do negócio. Ter tudo “na ponta da caneta” é algo necessário, pois variáveis como lucro, gasto com material de trabalho, gasto com folha de pagamento e gasto com tributações influenciam diretamente no cálculo.
Manter a contabilidade do negócio em dia já não é algo fácil. Calcular o sistema de tributação com melhor custo-benefício é ainda mais difícil. Por isso, alguns fisioterapeutas acabam por terceirizar essa função a um escritório de contabilidade. Além de evitar a dificuldade, há o benefício de delegar o trabalho para um profissional que realmente entende do assunto.
Se você é um fisioterapeuta e não sabe muito bem qual sistema escolher, fale com a gente!